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Na era do consumo on-line, testemunhamos uma transformação significativa nos padrões de consumo de um grupo da nova geração que abraça o estilo de vida low profile. Essa tendência não se limita apenas à escolha de produtos, mas permeia todo o processo de consumo, desde a pesquisa até a decisão final de compra. As pessoas da geração low profile redefinem o significado de status e sucesso, priorizando a simplicidade, a autenticidade e uma abordagem mais consciente em suas interações com as marcas. Além disso, buscam se conectar com marcas que tenham convergência com valores e práticas que defendem.

Geração low profile

A expressão “geração low profile” refere-se a um grupo de indivíduos que adota um estilo de vida discreto, sem ostentação e com preferência por uma abordagem mais simples e autêntica em suas escolhas de consumo e comportamentos. Essa geração tende a valorizar e priorizar experiências e produtos que reflitam autenticidade e sustentabilidade em detrimento do status ou da visibilidade social. O termo low profile sugere uma postura focada em valores pessoais, muitas vezes associados à consciência ambiental, social e ética nas decisões de compra e estilo de vida.

Redefinição de rota

Diante da ascensão da geração low profile, as empresas têm respondido de maneira inovadora, ajustando suas estratégias de vendas para se conectar com esse público. Marcas consolidadas no mercado têm abraçado a transparência, adotando uma abordagem mais autêntica em suas campanhas de marketing.

Um exemplo disso é a mudança nas diretrizes estratégicas que orientam os negócios das Lojas Renner S.A., que ganharam destaque mundial entre as varejistas de moda no Índice Dow Jones de Sustentabilidade em 2023. Além disso, a empresa passa a comunicar seus compromissos ambientais e sociais até 2030 para gerar maior conexão com seus públicos, destacando suas ações para reduzir os riscos socioambientais relevantes de sua cadeia e gerar valor para seus públicos, a sociedade e o meio ambiente.

No setor de tecnologia, a Apple tem buscado utilizar materiais recicláveis em seus produtos e alcançar a neutralidade de carbono em suas operações, demonstrando um compromisso com a sustentabilidade ambiental. Essas marcas não apenas oferecem produtos de alta qualidade, mas também se destacam ao integrar valores éticos em seus modelos de negócios

Como tal mudança impacta o mercado de trabalho?

À medida que as empresas se comprometem com práticas mais éticas e sustentáveis, cresce a demanda por profissionais especializados em responsabilidade social corporativa, gestão ambiental e ética nos negócios. No Fórum Setorial de Gestão e Negócios 2023, foi identificada uma demanda latente por profissionais com competências para o desenvolvimento e a implementação de estratégias sustentáveis, bem como na comunicação dessas iniciativas para diferentes públicos. Profissionais capazes de integrar preocupações ambientais e sociais na cadeia de valor de uma empresa tornam-se ativos valiosos.

Mudança nos perfis profissionais

Essas mudanças no padrão de consumo e no paradigma empresarial também podem impactar a educação e o desenvolvimento de competências profissionais. Pode-se esperar uma demanda crescente por cursos e treinamentos que preparem os profissionais para enfrentar desafios e oportunidades de um mercado de trabalho orientado por valores mais conscientes e sustentáveis.

Em suma, a ascensão da geração low profile e a resposta das empresas a essas preferências moldam não apenas as estratégias de vendas, mas também o cenário profissional, impulsionando a reflexão e a discussão das instituições de ensino sobre as melhores estratégias para o desenvolvimento de competências alinhadas aos novos perfis profissionais.

Algumas competências-chave incluem

• gestão de projetos sustentáveis: gestão de projetos específicos para implementar iniciativas sustentáveis, incluindo planejamento, execução e avaliação de impacto;
• pensamento estratégico: capacidade de integrar a sustentabilidade às estratégias dos negócios, alinhando-as com os objetivos organizacionais de longo prazo;
• networking e colaboração: habilidade para construir parcerias com partes interessadas internas e externas, incluindo ONGs, agências governamentais e outros setores;
• habilidades analíticas e de resolução de problemas: capacidade de analisar dados complexos relacionados a práticas sustentáveis e de desenvolver soluções criativas para desafios específicos;
• ética profissional: integridade e ética são cruciais, já que esses profissionais muitas vezes lidam com questões delicadas e decisões éticas;
• atualização constante: com a rápida evolução das práticas sustentáveis, é importante que os profissionais estejam sempre atualizados sobre as tendências e regulamentações no campo.

Quer saber mais sobre as mudanças nos perfis profissionais de sua área? Acompanhe o site do Fórum Setorial e tenha acesso aos relatórios publicados.

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