Compartilhe

As Economias do Futuro e a relação
com o segmento da Saúde


...

O mundo está em constante transformação e novas formas de organização econômica e social estão surgindo, desafiando os modelos tradicionais e abrindo novas oportunidades. Nesse contexto surgem as "Economias do Futuro".

A discussão acerca dessas economias abrange grandes temas atuais, latentes e recorrentes no mercado. Para delimitar as fronteiras e aprofundar a análise, relacionaremos as Economias do Futuro com o segmento de Saúde.


O que entendemos por Economias do Futuro?

As Economias do Futuro representam novas formas de organizar setores econômicos e ocupações a partir de características comuns. Elas podem apontar para carreiras promissoras e novas oportunidades que emergem das transformações sociais, como o avanço tecnológico e as mudanças climáticas, por exemplo.

Para entender um pouco como o segmento de saúde se relaciona com as economias do futuro, destacamos dois desses agrupamentos: a Economia do Cuidado e a Economia Digital.


Economia Digital: O Futuro Está Online

A Economia Digital, também conhecida como Economia Virtual ou de Plataforma, refere-se ao uso de tecnologias digitais na produção, regulação e troca de bens e serviços, tanto digitais quanto físicos. Ela abrange todos os setores econômicos e ocupações que utilizam tecnologias digitais como insumo principal ou cuja regulação e mediação ocorrem predominantemente em ambientes digitais.

Um exemplo da economia digital na saúde é o avanço da telemedicina. A conexão entre médicos e pacientes de forma remota, tem possibilitado a expansão do acesso à saúde, especialmente em áreas remotas. Nota-se também a economia digital, no uso de big data e inteligência artificial aplicada aos diagnósticos, conferindo resultados mais rápidos e precisos, além de tratamentos personalizados com base em dados coletados de forma contínua.

Outra evidência da Economia Digital na Saúde é a automação de processos hospitalares, como a gestão de estoques de medicamentos, agendamento de consultas e monitoramento remoto de pacientes com dispositivos vestíveis (wearables), o que reduz custos e melhora a eficiência.

A digitalização também está transformando a educação das áreas da saúde, com plataformas de ensino à distância e simulações em realidade virtual, preparando os profissionais para um ambiente cada vez mais digital.

Essas transformações têm impacto nos serviços de saúde e na criação de novas ocupações, integrando as áreas da economia digital às especificidades da Saúde. A demanda por profissionais de TI especializados em sistemas de saúde, por exemplo, como desenvolvedores de software médico, engenheiros de dados e especialistas em cibersegurança, tem aumentado cada vez mais.


Economia do Cuidado: Reconhecimento e Valorização

A demanda por profissionais dedicados ao cuidado também está em expansão. A Economia do Cuidado refere-se ao conjunto de atividades e serviços que integra diferentes setores que atuam no suporte ao bem-estar físico e emocional, em termos de saúde, educação, nutrição, assistência social, entre outros. Esse conceito destaca a importância das atividades de cuidado, que com frequência são invisibilizadas na economia tradicional (pelo fato de muitas vezes não serem remuneradas), mas fundamentais para o funcionamento da sociedade e para o desenvolvimento econômico.

O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento global geram uma necessidade urgente por cuidadores, enfermeiros, auxiliares de saúde e outros profissionais dessa economia que atuam no suporte a idosos, pessoas com deficiência e doentes crônicos. Além dos cuidados prestados em lares e instituições, há também uma crescente demanda por cuidados domiciliares, o que cria uma gama de novas ocupações voltadas à assistência em casa.

Além das ocupações tradicionais, a Economia do Cuidado também abrange um novo tipo de serviço: o suporte emocional e psicológico, que tem se tornado essencial à medida que a saúde mental ganha mais atenção. Isso inclui psicólogos, terapeutas ocupacionais e conselheiros que atuam tanto em ambientes clínicos quanto em comunidades. O reconhecimento do trabalho do cuidado não remunerado, está começando a transformar políticas públicas e a incentivar a profissionalização do setor, ampliando as oportunidades de emprego.

Há também um movimento para integrar tecnologia na Economia do Cuidado, como o uso de robótica para auxiliar na movimentação de pacientes, dispositivos de monitoramento remoto para idosos e plataformas digitais que conectam cuidadores a famílias que precisam de seus serviços. Esses avanços criam novas ocupações, que exigem tanto habilidades técnicas quanto humanas, como cuidador digital, técnico em telemedicina e consultores para integração de soluções tecnológicas em ambientes de cuidado.


Um Olhar para o Futuro

As Economias do Futuro representam uma forma de olhar para as transformações profundas no mercado de trabalho e formas de consumo. As empresas do setor do comércio de bens e serviços, incluindo as de saúde, para manterem-se relevantes e competitivas aos olhos de consumidores cada vez mais exigentes e informados, em um contexto completamente tecnológico, precisam se adaptar de maneira ágil e investir constantemente em inovação.

Dessa forma, o life long learning deixa de ser um diferencial e torna-se um requisito, isto é, uma competência requerida a todos os profissionais, independentemente do segmento em que atuam.

O Senac está sempre atento a essas mudanças e acompanha ativamente os agentes chave desta transformação. Para isso, realizamos periodicamente processos de escuta de mercado com empresas do Setor do Comércio de Bens e Serviços, por meio dos Fóruns Setoriais.


Venha participar do Fórum Setorial de Saúde 2024 e contribua para a educação profissional do presente e do futuro. Inscreva-se!

© Senac Departamento Nacional. Todos os Direitos Reservados - 2023.