Juventudes e novas economias

Novas economias para um novo futuro
Qual o papel dos jovens nessa transição?
As novas economias são grupos de atividades econômicas que emergem a partir de transformações sociais, ambientais e tecnológicas, como mudanças nas formas de trabalho, nos hábitos de consumo e na exploração de recursos naturais. De forma geral, elas são voltadas para a criação de soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios contemporâneos. Embora sejam diversas, compartilham algumas características: uso intensivo de tecnologias, digitalização e inteligência de dados, orientação para sustentabilidade e responsabilidade social, maior descentralização de poder, promoção da criatividade e da inovação, incentivo ao empreendedorismo e valorização do compartilhamento. Ao apresentarem alternativas à forma como as atividades podem ser organizadas e operadas, as novas economias têm o potencial de influenciar modelos econômicos tradicionais e catalisar mudanças mais amplas na sociedade.
Protagonismo juvenil na transição para as novas economias
As juventudes, graças à sua adaptabilidade às mudanças e ao seu potencial inovador e criativo, têm um papel fundamental na transição para as novas economias. Quando associadas à criação de oportunidades formativas, as novas economias podem contribuir significativamente para a inserção produtiva de jovens por meio da oferta de vagas de emprego e do desenvolvimento de competências alinhadas ao futuro do trabalho. O relatório Future of Jobs Report 2023, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, apresenta as habilidades essenciais para os trabalhadores em 2023. Entre elas, várias são estratégicas para a transição às novas economias, como: pensamento analítico, pensamento criativo, resiliência, flexibilidade e agilidade, curiosidade e aprendizado contínuo, literacia tecnológica, empatia e atenção a detalhes, liderança e influência social, gestão de recursos e operações, inteligência artificial e big data, gestão ambiental e cidadania global, entre outras.
Novas economias e seu potencial de inserção produtiva
A economia digital é baseada no uso da internet como plataforma e de informações e conhecimentos digitais como recursos para a produção, segundo definição da Organização Internacional do Trabalho (OIT) .
Para que a transição digital ocorra, é preciso romper as barreiras do acesso à internet de qualidade e às tecnologias da informação e comunicação (TICs). Os novos empregos da economia digital demandam esforços para o desenvolvimento de processos formativos, como pensamento analítico, literacia tecnológica e resiliência, flexibilidade e agilidade. O Senac está atento a isso e tem a autonomia digital como uma de suas marcas formativas.
A economia verde promove o desenvolvimento sustentável por meio do uso eficiente de recursos e da mitigação dos riscos ambientais, da escassez ecológica e das desigualdades sociais. Fazer essa transição, tornando as estruturas produtivas mais sustentáveis, inclusivas e resilientes, é um dos maiores desafios a serem enfrentados pelas novas gerações. Para isso, elas precisam de oportunidades formativas para desenvolver habilidades relacionadas ao meio ambiente, além de habilidades de liderança, influência social e cidadania global para transformar a realidade.
Segundo o Future of Jobs Report 2023, a gestão ambiental já é uma habilidade essencial para trabalhadores, sendo considerada uma das mais estratégicas para os próximos anos e, portanto, prioritária para as iniciativas de requalificação e aprimoramento profissional em diferentes setores. O relatório pontua também como a adoção de tecnologias impulsiona a transição para a economia verde, dependendo de habilidades digitais para a atuação em empregos verdes .
Essa economia é baseada em atividades orientadas pela inventividade, inovação e criatividade, fundamentais para o desenvolvimento tecnológico. Destacam-se entre as áreas de atuação artes, gastronomia, design e games. Cada vez mais, como mostra a OIT, a economia criativa e a digital articulam-se para criação de conteúdo criativo.
A economia criativa é uma das que mais crescem, inclusive no Brasil, e oferece inúmeras oportunidades para empreendedores. Além disso, segundo o Future of Jobs Report 2023, o pensamento criativo é a segunda habilidade mais essencial para trabalhadores, sendo valiosa para a competitividade no mercado de trabalho.
A economia do cuidado tradicionalmente emprega muitos jovens, especialmente mulheres. Segundo a OIT, até a pandemia de covid-19, cerca de 10,7% dos trabalhadores jovens (15 a 29 anos) ao redor do mundo atuavam nas áreas da saúde, assistência social, educação ou como trabalhadoras domésticas, somando 47,8 milhões de pessoas.
Assim como as economias verde e criativa, a do cuidado se articula cada vez mais com a digital, resultando na criação de novas áreas de atuação e ocupações relacionadas, por exemplo, à telemedicina, à gestão de informação e análise de dados de cuidado e saúde, e às tecnologias de cuidado e saúde. Além de oferecerem oportunidades de negócios, essas novidades demandam o desenvolvimento de perfis profissionais com competências e habilidades específicas, como pensamento analítico, inteligência artificial e big data, associados à empatia e à atenção a detalhes, fundamentais para a atuação na área do cuidado.
O Senac conta com programas nacionais e um amplo portfólio de cursos que contribuem para a transição para essas novas economias no Brasil. Confira na unidade mais próxima de você ou consulte nossa oferta EAD.
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