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Quais os limites e possibilidades do uso da tecnologia na educação?


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O uso da tecnologia na educação está cada vez mais integrado a diferentes contextos educacionais. Na atualidade, a transformação digital impacta desde a gestão das organizações às ferramentas educacionais, modificando sobretudo os espaços e estruturas educacionais, as competências dos docentes e os processos de ensino e aprendizagem.

São diversas as tecnologias aplicadas ao contexto educacional, mas não surpreende o destaque conferido à inteligência artificial (IA). No Relatório Global sobre Tecnologia produzido pela KPMG em 2023, 63% dos entrevistados no Brasil afirmam que a IA será uma tecnologia fundamental para atingir os objetivos das organizações nos próximos três anos. Por outro lado, uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford mostra que as pessoas ainda se sentem inseguras sobre o impacto potencial dessas tecnologias, tornando-as mais temerosas do que entusiasmadas com o que está por vir.

Considerando que as tecnologias impactam o mercado de trabalho e, consequentemente, as competências que os profissionais precisam ter e/ou desenvolver para atuar nesse novo contexto é de suma importância refletir sobre a relação da educação com a transformação digital.

Na educação, a tecnologia emergiu como um facilitador por meio da oferta de cursos a distância, criação de novos ambientes, metodologias e processos de aprendizagem. Trata-se, ainda, de um processo em curso que envolve desde a gestão das instituições de ensino, o corpo docente e os estudantes.

Tecnologias e educação: uma relação em (re)construção

Como podemos aproveitar adequadamente a IA para otimizar a oferta e gestão da educação, desenvolver novas competências, aprimorar os resultados de aprendizagem e, ainda, melhorar a qualidade educacional?

A importância da integração entre educação e tecnologia tem sido cada vez mais debatida entre especialistas e policymakers ao redor do mundo. As discussões estão centradas em relações como o desenho, a implementação e avaliação de tecnologias educacionais, a equidade no acesso às práticas educativas de qualidade, entre outras abordagens.

No Brasil, em 2023, foi sancionada uma lei que cria a Política Nacional de Educação Digital (Pned). Essa iniciativa é estruturada em quatro eixos principais: inclusão digital, educação digital escolar, capacitação e especialização digital, e pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de informação. Esses eixos podem ser entendidos como os pilares para o desenvolvimento da educação digital no país.

Educação digital no marco de avaliação global

Tendo em vista que os ambientes sociais e profissionais estão em constante transformação, é crucial o desenvolvimento de novas competências, tanto para os profissionais atuantes no mercado de trabalho, quanto para os que ainda vão ingressar. Para isso, é necessária a adoção de abordagens educacionais atualizadas, convergentes a essas mudanças.

Um conceito que tem sido amplamente debatido é o de letramento, antes restrito ao conceito de alfabetização básica e, há algum tempo, expandido a uma visão mais plural, como resposta às transformações sociais, econômicas e tecnológicas. O letramento digital vai além da simples capacidade de operar tecnologias digitais, reside na compreensão crítica e na habilidade de usar a tecnologia de maneira eficaz para alcançar objetivos específicos. A capacidade de avaliar criticamente informações encontradas online, discernir entre fontes confiáveis e não confiáveis, entender questões de privacidade e segurança digital, e participar de forma ativa e responsável na sociedade digital são alguns exemplos práticos do letramento digital.

O desenvolvimento de competências digitais são fundamentais para qualquer profissional da economia moderna, pois contribui para enfrentamento dos desafios de um ambiente em constante transformação. A convergência de múltiplas tecnologias transformará radicalmente a organização das economias e a forma como as pessoas vivem e trabalham.

Senac de olho nas transformações e na escuta permanente das novas necessidades

O Senac também está de olho nessas transformações e, por meio de uma escuta contínua de mercado, mapeou competências digitais demandadas por diferentes áreas de conhecimento. Essa escuta foi viabilizada pelos Fóruns Setoriais, comitê consultivo integrado por profissionais atuantes no mercado de trabalho de um ou mais segmentos que tem como objetivo proporcionar uma visão sistêmica do mercado de trabalho de uma área produtiva e suas respectivas ocupações e funções, pautadas nas demandas atuais e futuras.

As competências consideradas essenciais pelos participantes podem ser sintetizadas em capacidade de: 1) trabalhar com interfaces tecnológicas específicas ao seu contexto de trabalho; 2) acessar, produzir e disseminar conhecimento, informação e conteúdo, por meios digitais diversos; 3) sistematizar, organizar e analisar dados coletados, fazendo uso de softwares e/ou plataformas digitais; 4) comunicar-se por meio de diferentes canais digitais, fazendo uso de diferentes linguagens. A expectativa é a de que o profissional possa desenvolver essas competências e realizar seu trabalho de maneira ética e eficiente.

O Senac está atento a estas transformações na economia e na sociedade e oferece melhor da formação profissional para preparar você para atuar nas cidades do futuro. Conheça nossos programas e cursos.

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